II Seminário de Enfermagem

II SEMINÁRIO DE ENFERMAGEM: A Prática do Cuidar na Diversidade Hospitalar

Data: 28 de Maio (Sábado)
Local: Auditório do Sindicato dos Funcionários Públicos da Bahia
Horário: 08-18h
Investimento: R$ 30,00
Com direito a Certificado e Coff Break

INSCREVA-SE

VAGAS LIMITADAS!

Leitura de Reflexão: O conto de R$ 1 "conto"

Andando pela Rua Joana Angélica, em um final de manhã, sol muito quente, vinha eu me queixando do calor, da vida, do trabalho, do governo e procurando dentro de minha insatisfação o que mais o me queixar, quando passando pela frente do passeio de uma lanchonete, observei um jovem negro, vestido com trapos, negros, sujos, parado, com o olhar triste, concentrado nas pessoas que ali lanchavam e conversavam. Parecia estar colado no chão. Sua postura, longilínea refletia paciência tranqüilidade e dignidade. Talvez tivesse uns vinte anos.

Não olhava em direção de qualquer pessoa ou coisa em especial. Olhava fixo com resignação, para o fundo da lanchonete. Não estendia a mão, não pedia, não falava. Só olhava, simplesmente, olhava.

Sua postura ereta, seus longos braços colado ao corpo, como em posição relaxada, de sentido, dava a impressão de estar perdido, longe dos seus laços. Mendigo somente pelas vestes, não pela postura do seu corpo ou do seu olhar. Não apresentava as características dos sem teto, a não ser pelas roupas rotas e os pés descalços, mas, elegante dentro dos seus trapos.

Não pedia, não importunava. Semelhante a estátua de Castro Alves, sem estender a mão. Não perdia nada para os modelos das esculturas de Rodin: Estava ele ali, sujo, mas digno de qualquer classe social elevada. Postura de príncipe.

Olhos castanhos, cor de mel, cabelo encaracolado, embolado, sujo. Sobrancelhas finas, testa imponente, lábios finos, rosto oval e pés descalços.

Aguardava imparcialmente ser servido o que lhes fosse oferecido por alguém que o percebesse.

No seu olhar, percebia-se um tanto de dignidade e atenção. Um olhar cor de mel, tranqüilo.  Apenas olhava fixo para a parede da lanchonete.

Não tinha aspecto de doente ou viciado em droga. 

Certamente fora bem criado. Quando o vi, deparei imediatamente com os seus olhos, brilhantes e reluzentes. Imediatamente senti-me envergonhada das minhas insatisfações dei-lhe alguns contos para um lanche, e o mesmo me agradeceu com um muito obrigado embrulhado em uma voz jovial e um sorriso cálido deixando à mostra seus brilhantes brancos dentes. Saí dali, pensando que este rapaz poderia ser o meu filho, mas, ele era o filho de alguém que certamente chorava. Naquele momento agradeci a Deus tudo que ele tem me dado e pedi a Ele por este pobre educado rapaz, entregue às intempéries da vida. 

Por Regina Pastor

Mantenedora da Escola Técnica em Saúde Maria Pastor

AULA INAUGURAL do Curso Técnico em ÓPTICA!

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Coordenador do curso: Gevaldo Alves.

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