sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Atenção: "Circulou", a virose do carnaval ja lota postos de saúde da capital baiana - Veja os principais sintomas e recomendações dos médicos

Desde a Quarta-Feira de Cinzas os postos de saúde da cidade estão lotados com pessoas queixando-se de dor de cabeça, dor de garganta, febre e vômito. No ano passado, centenas de foliões da folia foram pegos pela “Gripetonita”. Em 2010, o problema de saúde ficou por conta do “Espirration”, em referência ao hit daquele carnaval, o “Rebolation”. Já em 2009, uma virose também acometeu quem passou pela folia baiana: a "Dalila". Esse ano a virose da moda é a "Circulou", música ganhadora de vários premios do Carnaval da Bahia.

A aglomeração de pessoas e o contato físico facilitam a disseminação de vírus, fungos e bactérias. Além do consumo excessivo de álcool, associado a poucas horas de sono e de descanso, o que gera um impacto, tanto do ponto de vista imunológico quanto orgânico. Geralmente, as pessoas se contaminam no início do carnaval e depois da quarta-feira de cinzas já começam a sentir os sintomas.

O período de incubação do vírus é de seis a sete dias, o que faz os sintomas aparecerem após a folia. Como os sintomas da gripe, dengue, e outras doenças são semelhantes, a pessoa deve procurar atendimento especializado para iniciar o tratamento, e se manter hidratado para evitar agravamento do quadro”, explicou o infectologista. Ricardo Duarte.

Os sintomas mais comuns são relacionados a problemas na garganta, ouvido, conjuntivites e a famosa gripe musical, que vem acompanhada de vômitos, diarréia, dor de cabeça e no corpo, suor excessivo, sensação de fraqueza e febre. A recomendação dos médicos é que nos primeiros sinais de mal-estar, as pessoas devem ingerir bastante líquido, comer frutas e verduras e procurar uma unidade de saúde para iniciar o tratamento. A hidratação do corpo é fundamental para a recuperação.

E não importa onde pulou o Carnaval, se foi em blocos, na pipoca ou em camarotes, e até mesmo quem não foi para a festa momesca pode ser acometido pela virose. “Por se tratar de um vírus, quem não foi para a folia também deve ficar em alerta, pois o contato com pessoas que estejam com o vírus, pode criar um canal de transmissão.

Todos os anos, esses quadros infecciosos, viral agudo e febril, atingem centenas de pessoas na resseca do carnaval. Mas esse é apenas um dos problemas, digamos o mais ameno e de curta duração do pós Carnaval, há outros como herpes, hepatite, HIV, que a pessoa quando descobre nem sabe quando se contaminou e em qual Carnaval”, ressaltou o infectologista.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, neste período do ano, os hospitais públicos e privados detectam aumento de cerca de 25% no número de atendimentos relacionados a esses tipos de casos. No atendimento do Hospital Couto Maia, referência no tratamento de doenças infecciosas, o índice é bem maior, com aumento de até 60%.


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