Visita Técnica é a modalidade didática que objetiva fornecer aos alunos uma rápida visão sobre os aspectos operacionais, funcionais e de instalações físicas da instituição. É atividade de caráter geral informativa e institucional sobre área e os serviços oferecidos pela instituição para um seguro desempenho das atividades a serem desenvolvidas na iniciação do aluno, na prática do cuidar.
Diversos são os recursos utilizados para direcionar estas práticas, contudo abordaremos de inicio a importância das ações: OBSERVAR, ANALISAR E AGIR.
Nada no processo do cuidar pode se passar sem ser observado a agilidade e destreza de agir e de como agir. É na observação que se desenvolve a capacidade de vigiar e a consciência de como desenvolveremos nossas ações no processo da implementação do fazer e de como fazer.
As necessidades de um paciente devem ser observadas desde o momento que são entregues sob nossas responsabilidades até o seu restabelecimento e alta. Um pequeno detalhe não observado podem-lhe custar sérias complicações, se não, a vida.
Considerando a iniciação do aluno para o desenvolvimento das ações na prática do cuidar, é de suma importância neste momento começar a primeira disciplina profissionalizante com a visita a uma instituição de saúde, pondo em observação a sua estrutura física. Por exemplo, em que espaço e plano da construção se localizam o ambulatório, a unidade de internamento, as enfermarias, o centro de material, o centro cirúrgico, lavanderia, administração etc. e por que estes espaços foram projetados em determinado lugar e de tal maneira. Também deve-se ter atenção para outros detalhes na estrutura física como em relação ao ambiente. É importante faze-lo observar que os pisos e as paredes sejam de cor clara e de fácil limpeza, janelas amplas de forma a economizar os recursos não renováveis e ter iluminação que possibilite o bom trabalho e segurança na observação do paciente.
O que visam todos estes cuidados? O preceptor que o acompanha induzirá os alunos às observações e análises: - Dos “porquês”.
Detalhes devem ser observados para serem analisados. Cada setor, de acordo com os serviços ali serem desenvolvidos, tem suas próprias características técnicas: Por exemplo, na enfermaria, a que distancia situa-se um leito de outro, em que norma técnica vai-se em busca desta informação para sua aplicabilidade? Porque este espaço? Aí, na análise desta observação, o aluno sentirá a aplicabilidade das bases tecnológicas adquiridas no módulo integrador: Microbiologia e Higiene e Profilaxia, e biossegurança. Terá também noção de fatores que podem por em risco a segurança do paciente e de como evitá-los.
Nesta primeira instância o preceptor deve acompanhar o aluno, não fazendo comentários de imediato. Ele deverá desenvolver aguçamento da observação e a curiosidade do aprender.
Em alguns setores especializados, como a unidade de terapia intensiva, o aluno deve ser orientado a ficar atento para tudo e realizando anotações. – O que viu? Aparelhos conectados aos pacientes? Um mobiliário diferente? –Quais as finalidades destes equipamentos e porque o paciente está usando? As buscas por estas respostas devem ser realizadas em conjunto aluno/professor para que se desenvolva o poder da observação da análise e dos princípios científicos, tão importantes para sua introdução na enfermagem.
O aluno deverá ser induzido aos questionamentos do não óbvio: Como a instituição é mantida, qual o tipo de atendimento ali é realizado, atende a todos os casos ou os específicos? Como se trabalha com tanta gente diferente? Momento em que o preceptor poderá informa-lhe da aplicabilidade de outro tema estudo no módulo integrador: Relações Humanas, Etiqueta Profissional, Ética Psicologia e Educação Emocional. No final, o aluno deverá ser instruído a elaborar um relatório conclusivo para avaliação do aproveitamento a que se propôs a metodologia empregada.
Dra. Enfª Maria Regina Pastor
MCO-UFBA e Escola Técnica em Saúde Maria Pastor
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