Uma forma de câncer pouco falada e que afeta milhares de brasileiros todos os anos também é uma das modalidades da doença mais facilmente identificáveis. O câncer de boca atingiu no ano passado 14.120 pessoas, sendo 10.330 homens e 3.790 mulheres, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Os principais fatores de risco são o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e contaminações pelo vírus HPV, contraído em relações sexuais. Os dados foram divulgados durante o lançamento da segunda etapa da Campanha Nacional contra o Câncer de Boca, no sábado (15), que ocorreu durante o 8º Simpósio Internacional de Prótese e Implante, que se encerra neste domingo no Rio.
Por causa da doença, os pacientes têm diversas partes do rosto atingidas --incluindo olhos, bochechas e orelhas--, o que só pode ser revertido com a retirada das áreas comprometidas e o implante de próteses e tecidos. O coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, explicou que a melhor forma de se evitar a doença é a prática de hábitos saudáveis, aliada ao autoexame da boca, o que pode ser feito diante de um espelho.
Durante o autoexame, deve-se procurar por sinais como feridas que não desaparecem, nódulos ou caroços, dor persistente na boca, manchas brancas, vermelhas ou roxas dentro da boca, dificuldade para mastigar, engolir ou mexer a língua, inchaço ou dor no maxilar, dor constante na orelha, sangramento na boca, rouquidão. Na dúvida, o próprio dentista pode ajudar a diagnosticar, encaminhando o paciente ao serviço especializado.
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