terça-feira, 25 de outubro de 2011

Médicos do SUS fazem protesto por melhores salários em 18 estados

Em protesto contra os baixos salários e por melhores condições de trabalho, os médicos vão deixar de atender hoje (25) serviços marcados no Sistema Único de Saúde(SUS) em 18 estados – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, RioGrande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe. A paralisação vai durar 24 horas.

No Piauí, a suspensão vai valer três dias. Em Santa Catarina e São Paulo, algumas unidades de saúde devem parar o atendimento por algumas horas. No Distrito Federal, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, Rio de Janeiro, Tocantins e em Roraima, estão previstas apenas manifestações e atos públicos. Dos 195 mil médicos que trabalham no SUS, a estimativa é que 100 mil deixem de atender.

Os médicos reivindicam mais financiamento para a saúde pública, reajuste salarial e melhores condições de trabalho, como aumento no número de leitos nos hospitais. Os médicos defendem também, pelo menos, dobrar o montante de dinheiro destinado pelos governos federal, estaduais e municipais ao sistema público de saúde.

As entidades são contrárias ao projeto de regulamentação da Emenda 29, aprovado pela Câmara dos Deputados, que define percentuais mínimos de repasse à saúde pela União, pelos estados e municípios. O projeto obriga, por exemplo, a União a repassar à saúde pública valor equivalente ao previsto no Orçamento do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) daquele ano. No entanto, os médicos defendem o texto original de regulamentação, que destinava 10% das receitas correntes brutas da União para as ações de saúde, um acréscimo de aproximadamente R$ 31 bilhões ao orçamento anual da pasta.

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